Influência dos fatores internos na cotação do dólar
Desde o final do ano passado, a cotação do dólar passou de R$ 4,85 e atingiu R$ 5,71 no pregão de ontem, demonstrando uma trajetória de alta constante.
Um novo patamar? O mercado brasileiro parece ter se acostumado com o dólar acima de R$ 5,00. Apenas no primeiro semestre deste ano, o real foi a quinta moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar em todo o mundo, com uma queda acumulada de 13,4%.
Um estudo internacional revelou que cerca de 82% dessa alta no dólar se deve a fatores internos e domésticos.
O chamado “risco Brasil”: Apesar de o cenário internacional também influenciar a variação cambial, os problemas e crises políticas e econômicas internas têm se mostrado mais severos e frequentes do que em outras economias emergentes.
Entre as pautas que afetam negativamente a cotação do dólar, destacam-se as incertezas sobre a relação do governo com o Banco Central e as estatais, as dúvidas acerca da política fiscal e o risco de descontrole da dívida pública.
Diante desse contexto, para um investidor estrangeiro, o Brasil se torna um destino mais arriscado, o que compromete as expectativas de retorno sobre o capital investido.
Mesmo com fatores externos como o aumento dos juros nos Estados Unidos e a queda nos preços das commodities, economistas indicam que, caso o Brasil mantivesse um desempenho semelhante ao de outras economias emergentes, o dólar estaria em torno de R$ 5,10.
Conclusão: Diante do cenário atual, não há expectativa de que o dólar caia abaixo de R$ 5,00 em breve. Por isso, mantemos o monitoramento constante e recomendamos aos nossos clientes o envio de remessas de forma escalonada, aproveitando os momentos de baixa para obter melhores condições.