Nos últimos dias, a discussão sobre tarifas comerciais tem sido um dos principais focos de atenção dos investidores em ações. Segundo a mais recente análise do Morgan Stanley, apresentada no programa Thoughts on the Market, a expectativa é de que as tarifas continuem impactando os mercados no curto prazo, mantendo a incerteza política e os riscos para o crescimento econômico.
O Que Esperar para o Dia 2 de Abril?
Espera-se que o governo dos EUA anuncie novas tarifas, trazendo mais clareza sobre as taxas e os produtos ou países afetados. No entanto, o Morgan Stanley enxerga esse movimento como um ponto de partida para negociações bilaterais, e não como uma decisão definitiva. Assim, os desafios relacionados à política comercial podem persistir por vários meses.
O cenário-base analisado pelos estrategistas do banco sugere um aumento progressivo da tarifa sobre a China. Por outro lado, tarifas sobre produtos da Europa, México e Canadá podem ser suavizadas, especialmente devido ao acordo USMCA, assinado no primeiro mandato de Donald Trump. Algumas economias asiáticas também podem ser impactadas por tarifas adicionais.
O governo indicou que algumas tarifas serão implementadas imediatamente, enquanto outras entrarão em vigor mais tarde, deixando espaço para negociações. No entanto, dada a flexibilidade do presidente sobre essa questão, a previsibilidade ainda é baixa.
Reflexos no S&P 500 e nos Investidores
Mesmo com a incerteza política, o Morgan Stanley não acredita que esse cenário impedirá o avanço dos índices de ações. Um alívio tarifário para México e Canadá poderia equilibrar os riscos relacionados à China. Além disso, tarifas sobre produtos específicos da União Europeia e de economias asiáticas, como o Vietnã, tendem a impactar setores específicos em vez do mercado como um todo.
Contudo, no curto prazo, o S&P 500 deve encontrar resistência na faixa de 5800-5900 pontos, mesmo que as tarifas anunciadas sejam menos severas que o esperado. Para que o índice atinja novas máximas no primeiro semestre, seria necessário um aumento expressivo na revisão das projeções de lucro, algo improvável antes do terceiro ou quarto trimestre.
Por outro lado, um impacto tarifário mais severo em 2 de abril, combinado com uma deterioração nos dados econômicos, especialmente no mercado de trabalho, poderia levar o mercado a recuar.
Empresas Melhor Posicionadas para Mitigar Riscos
Na análise do Morgan Stanley, empresas que conseguirem mitigar os riscos das tarifas tendem a apresentar desempenho superior. Algumas estratégias incluem:
Geralmente, as empresas que melhor executam essas estratégias são aquelas com maior escala e forte poder de negociação com fornecedores e clientes. Isso reforça a importância da seleção de ações de empresas de grande capitalização e alta qualidade.
Setores Mais Impactados
No nível setorial, o setor de bens de capital é o mais bem posicionado, devido à sua capacidade de repassar custos ao consumidor. Em contrapartida, o setor de bens de consumo discricionário está mais vulnerável aos impactos das tarifas.
Conclusão
Diante desse cenário, a principal recomendação é manter uma estratégia voltada para empresas de maior qualidade e tamanho, especialmente aquelas com boas estratégias de mitigação de riscos tarifários.
Para mais detalhes, acesse a análise completa do Morgan Stanley no Thoughts on the Market e continue acompanhando o Bankshop para mais atualizações sobre o mercado financeiro.
Recomendamos que acesse a análise completa do Morgan Stanley para compreender as informações detalhadas e como elas se alinham com suas estratégias de investimento.
Estamos à disposição para maiores esclarecimentos e apoio nas suas decisões de investimento.
Atenciosamente,
Bankshop
MORGAN STANLEY. Thoughts on the Market: Wilson. Disponível em: https://www.morganstanley.com/ideas/thoughts-on-the-market-wilson?subscribed=true&dis=em_2025319_wm_5ideasarticle&et_mid=687542&et_mkid=&sfmc_id=179549910. Acesso em: 01 abr. 2025